Notícias ruins chegam às nossas portas quase todos os dias. Bate e vem nem dando chance de nos recuperarmos das que já se foram. Ficamos atordoados, tristes, depressivos e nos achegamos à Deus com mais pureza e dor. Vale para qualquer um a tristeza da despedida: para os que conhecem a graça de Deus e para aqueles que A desprezam. Vale para os remidos e para os indiferentes ao sacrifício na Cruz.
Quando acontece alguma desgraça em nossos quintais é muito comum ouvirmos algumas frases de pouca reflexão (e muita pesar) e que acabam virando jargão no meio do 'povo de Deus': "Deus sabe de todas as coisas", "Se morreu foi porque Deus permitiu", "A gente nunca vai entender mas foi o melhor". De uns tempos para cá, nada disso me diz coisa alguma.
No meu coração, a vida depois da escolha desastrada de Adão e Eva, ao preferirem a desobediência ao invés da eternidade, tornou-se um caminho naturalmente sujeito a dissabores. O caminho natural da lida é duro, obtuso e louco. A difusa realidade não tem acomodação para os cristãos. Ela nos envolve, nos perturba, nos enlouquece e é fugaz e efêmera, como só a vida pode ser.
Fica parecendo em nosso discurso consolativo e não consolador que Deus estava 'matando' quem morreu por um 'futuro' melhor, que não havia outra alternativa se não meter alguém numa cadeira de rodas ou um filho de 8 anos perder os pais em acidente automobilístico. Quer dizer que tudo isso aconteceu porque Deus permitiu?
A dor da vida acontece aos vivos. Deus em seu amor e justo juízo não nos deseja mais do que aqueles que não o querem ou não o conhecem. Não nos colocou em uma redoma imunizante e protetora "contra todo o mal". A mensagem do evangelho é poderosa porque nos faz fortes (no Senhor) para resistir a todas as alegrias e tristezas que possam nos iludir quanto ao que realmente é relevante no caminho.
Eu sei. É duro. Posso ser vítima do que eu mesmo acredito e quem fugirá dos laços do amanhã ou do agora? Não serei refém das impressões humanas porque o que Deus espera de nós é um desejo ardente para estar com Ele. O Todo Poderoso nos quer e não MUDA um centímetro de nossa trajetória para apressar este encontro.
Então por que pessoas que amamos morrem em acidentes, tem infartos, perdem entes? Porque é da vida. Ela é assim, encantadora enquanto sorriso, descompromissada enquanto lágrima, mas não é pela e para tribulação que fomos resgatados pelo sangue de Cristo, mas para vivermos com Ele, um dia. Pode ser hoje, pode ser amanhã, pode ser daqui há 50 anos.
Este sim é o mistério. O tempo. Porque é da vida a luta, a dor, a sede, a derrota, a doença, a tristeza, a alegria, o êxito, o conforto, a angústia, a posse, a perda, a fome, o rio e o deserto.
"Eu quero estar com Cristo onde a luta se travar, no lance imprevisto..."
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Umas das coisas que mais me incomodam quando vivencio direta ou indiretamente algum tipo de dor, tristeza, perda, tragédia, são os famosos clichês evangélicos que vc citou alguns deles no texto, mas o mais importante é saber que embora Deus não nos cause todo esse sofrimento, ele aproveita cada um deles para nos tornar pessoas melhores e cada vez mais parecidas com Cristo...
E assim prossigo...