Quando em qualquer lugar da face da terra existe um prumo de solidariedade, seu espírito contagioso, ajuda a mexer com corações aflitos em busca de movimentar mãos, braços e bolsos, para quem não pode mover uma palha da sua vida, em busca de socorro, pleno, íntegro e sólido.
E as campanhas logo ganham contas bancárias, abrigos de cobertores, lonas com fubá, açúcar e água e muitas lágrimas de tristeza com algumas medidas de esperança. Parcas.
As ramificações deste mar imenso que explica a tragédia, pouco importam num momento absurdo de tristeza e perda. E até alguns corações de pedra passam pelas mutações que a sensibilidade provoca nos rochedos cardíacos de alguns corpos.
Durante 3, 4, 5 meses, enquanto a roleta do desastre se afasta do pino "Morte", o pino da "Vida" vai se esvaziando até que a memória afetiva da compulsão sentimental voe. Até a próxima tragédia.
O que me incomoda não é o "socorro bem presente na hora da angústia" dos homens, não são as caravanas de auxílio, nem as horas de estardalhaço em todos os campos midiáticos acerca da quantidades de desabrigados ou mortos, mas a falta de investimento em solução e razoável ação sobre tais vidas enquanto elas ainda são. Porque o help-desk pós morte, pós avalanche de lama, pós perda-de-tudo, tem como efeito retumbante a comoção paliativa, necessária, mas sem qualquer relação com a solução aparente.
As medidas, prevenções, estratégias, projetos, especulações são TODAS após as milhares de subtrações que o mar engoliu, que a terra tragou. E antes de ver a beleza da solidariedade humana, eu gostaria de ver a maravilha da astúcia boa, se tranformando em formas de fazer funcionar leis, placas de aviso, propagandas educativas, que inibam tentativas desesperadas de moradia onde o óbito é o vizinho mais presente.
O pilar da sabedoria de Deus é que ele não se sustenta na tosca mensagem pós morte, mas na atenta missão de dizer ao homem o que ocorrerá mediante seus passos, dependendo da direção em que ele escolher andar. O Deus de Israel não era o Oráculo do Caos Óbvio. O Deus de Amor era todo o Amor que não se pode dizer, porque ensinava ao homem "o caminho que deveria ele andar" mediante suas decisões. Por isso é Deus, por isso é Sabedoria, por isso é Amor.
E como eu gostaria, que não só na solidariedade e compassividade, fôssemos um pouquinho parecidos com o Criador, para inibirmos a fuga, enquanto há quem fuja.
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... E os meios continuam justificando os fins.
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Daniel Junior
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15:04
... E os meios continuam justificando os fins.
2010-01-05T15:04:00-08:00
Daniel Junior
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