Passei um final de semana maravilhoso na presença de pessoas dispostas a mudarem seu caminho profissional. Era um treinamento voltado para liderança, onde foram abordados alguns valores empresariais do local onde trabalho, importante firma no ramo de custódia e segurança de documentos no mundo.
O ambiente aprazível (depois de Petrópolis em uma cidade chamada Itaipava), gerou no coração de cada participante, o cenário propício para ouvir e dizer. E ouvimos muito. E dissemos também. Embora tudo que tenhamos escutado tenha reverberado em nós de maneira muito especial, me chamou a atenção, como o homem tem vivido um tempo de etnocentrismo agudo e frio.
Retive o bem, mas, basicamente, durante os dois dias de treinamento e dinâmicas, ouvi, em palavras sublinhadas e cativantes que EU ERA O CARA, que EU PODERIA FAZER TUDO QUE EU QUISESSE e QUE NÃO HAVIA LIMITE PARA MEUS SONHOS.
Óbvio que tudo me lembrava igreja, atual estado do corpo de Cristo. Sei que parece uma calúnia, mas descobri de onde vem surgindo as mensagens positivistas dos púlpitos. Vem das mesas e das teses dos administradores, publicitários e psicólogos sociais, que leem um mundo de uma forma completamente diferente. Bem... Nem tão diferente assim.
Quando o homem, lá pelo século XII, se desencantou com o domínio da Igreja, foi em busca de explicações mais razoáveis para as dúvidas que lhe chicoteavam desde a consciência de que era alguém que precisava de respostas mais sólidas do que qualquer resposta que havia recebido em toda a sua história. Nesta viagem antropológica, descobriu potenciais em si mesmo, escondidinhos pelo tempo de sublimação às suas crenças mais intensas. Vem um período da história do homem que ele passa a duvidar de tudo, inclusive de si mesmo.
Quase 10 séculos depois, o homem continua se questionando e endeusando sua imagem. Agora, ele é o seu próprio Davi (de Michelangelo), é seu próprio Frankstein e vive se perguntando: espelho meu, espelho meu, quem sou eu? Ele é todos e não sabe ser alguém. Um gadareno com Ipod, Ipad e com fome de Deus.
Confesso que a overdose de informações a respeito dos caminhos legítimos que minha corporação gostaria de trilhar (ao meu lado), tiveram reações múltiplas no meu coração. Uma delas me dizia o quanto eu estava feliz por ter a oportunidade de aprender tanto sobre liderar. Uma outra dizia: "você não nasceu para isso". Outra revelava: "E Onde (Deus) eu entro nesta história?" e etc e etc.
Ainda vasculho o meu coração e esquizofrenicamente ouço vozes de todos os lados e de todos os tipos, mas mantenho uma convicção: não serei um bom líder, caso não seja um gente boa. Se eu menosprezar qualquer mínima possibilidade de ser humano, fracassarei terminantemente em qualquer missão que Deus me delegue. Levo muita a sério os destinos de Deus. Sei que eles rimam mais com designios. Não sei nem ao certo se estarei no meu local de trabalho amanhã, mas nenhum afagar ego-cêntrico, tornará o meu coração menos de Deus, porque ele só pode bater, mediante a permissão do Todo Poderoso.
Mesmo assim, reparti com colegas, lições que aprendi, ouvi e até chorei mediante circunstâncias melancólicas e constatações assombrosas e ri um bocado de amigos e situações e mesmo lá, sob a luz da lua e o frio solar, não consegui em um minuto me esquecer de Deus.
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Mesmo Pensando em Mim Não Dá para Esquecer Deus
Posted by
Daniel Junior
On
17:18
Mesmo Pensando em Mim Não Dá para Esquecer Deus
2010-07-05T17:18:00-07:00
Daniel Junior
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