Confesso aos leitores do JFB que o sentimento mais presente ao meu coração quando o assunto é igreja evangélica no Brasil é vergonha. Além de estarmos (sim, sou parte deste corpo) incompetentes para pregarmos o evangelho de Jesus, nos achamos no direito (tardiamente) de politicarmos da pior maneira possível.
A cada 4 anos, acabando (?) o período político de um presidente, a igreja e seus maiores representantes, somatizam-se em estatísticas maquiavélicas e maldosas para 'provarem' que a besta é a situação. A demonização do PT é a mais moderna velharia que o discurso eclesiástico poderia se meter. E não me faço de advogado do diabo (com o perdão do trocadilho) para defender quem sabe se virar em desculpas.
Atribuir ao governo o ululante momento ruim do caráter humano, é uma covardia além de ser a própria confirmação da sua omissão pelo menos nos últimos 20 anos. Tivesse se preocupado em refletir o rosto, o caráter, a dignidade, a justiça, a inteireza de Cristo, não procuraria culpados entre os que são trevas. Porque nas trevas não pode haver luz, tolamente observando. O que se espera é que o sal tempera e a luz ilumine. Quando a luz brilha, brilha lá fora, para expor as nossas mazelas escondidas entre as buscas por poder político (olha ele aí de novo) e pelo fortalecimento de riquezas, baseada em ofertas e campanhas que não serão respondidas por Deus mediante barganhas.
Bastou os índices das pesquisas apontarem para candidata do PT como favorita em outubro, que a igreja moveu seus pauzinhos, como nunca move, para dizer que "estamos prestes a vivermos o inferno na terra". Quem faz um pouco deste enxofre contemporâneo, é a própria eclésia, que mostra seu lado podre e fétido, sem anunciar com legitimidade as boas novas.
A demonização do Partido dos Trabalhadores vem desde os tempos em que o comunismo era o sistema político onde seus principais líderes comiam criancinhas e na cabeça dos braisileiros abastados, Luís Inácio Lula da Silva ainda era o sapo barbudo. Bem, o sapo virou rei (e não príncipe) e mudou muito do país. Para o bem e para o mal e disso sabem até seus maiores inimigos políticos...
... mas porque a igreja evangélica não acha um demônio, um líder evangélico comprar um jato de 12 milhões de dólares, que em suas cercanias (da igreja) celebre-se um casamento entre uma mulher e outra mulher, que figuras carimbadas da igreja evangélica paulista e carioca estejam candidatando-se sem ao menos cuidarem de suas igrejas... Nisso não há inferno? Nisso não há demônio? O que nos diferencia?
Não se preocupou em mudar o mundo (e estou sendo otimista), encontrado seu espaço na sociedade. Hoje não estaria criticando a doença de quem já está no CTI desde a fundação do mundo ou desde o pecado original e acabou tirando das suas costas a responsabilidade de dizer que sem arrependimento não é possível herdar o reino dos céus. Entregou-se, de forma muito simpática, aos braços do mundo, relativizando a condição do pecador, transformando-o em um potencial oferteiro. Promoveu o novo indulto e prometeu ao sedento e faminto, ao invés de um lugar no céu, um novo status, mais garboso e pomposo: ser um vencedor.
A Igreja Evangélica no Brasil não tem MORAL para falar de A, B ou C porque não cumpre com seu papel. É marionete consentida nas mãos de tanto politiqueiros e oportunistas. Por que não começa a lavar a sua própria roupa suja? Não sobraria ninguém...
Portanto, você leitor, ainda é o principal responsável pelas mudanças de uma nação. É você quem deve julgar, partindo do todo e não do seu próprio umbigo, quem, através do seu voto, deveria mudar este país. Só você, através de informação, experiência e observação, que pode dizer, de forma cívica, o que lhe agrada e o que lhe causa pânico, no atual momento do Brasil.
Deus tenha misericórdia de nós.
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