Os dias atuais nos impedem de sermos completamente felizes. O ano de 2011 - para ser mais preciso - lembra as profetadas nostradamicas referentes a 2012. Este ano parece um com a qual usamos aquela expressão "Não deveria ter começado".

Mês após mês somos arrebatados, de assalto, por conta dos muitos dramas na qual o mundo está envolvido. Em um planeta conectado, a dor de um japonês não sangra apenas do lado de lá. Quantas são as lágrimas que derramamos por conta dos nossos irmãos asiáticos. Seja pela tempestade do mar, seja pela tirania do homem, seja pelo contágio da maldade, seja pelo fim dos tempos.

E como se fosse um reboot, hoje é dia de Páscoa.

Tudo, no sentido absoluto da do pronome, parece insignificante - sem que isso seja crueldade com o que foi dito nos primeiros parágrafos - mediante a morte e ressurreição do filho de Deus. Que se deu, como Deus, sem em nenhum momento se fazer Deus na morte. Nas pulsações incertas, na cusparada e escárnio, ele era mais um de nós, com um adendo: não merecia nem um pingo do "i" de sofrimento.

Abriu uma perspectiva louca e insana de acreditarmos no nosso futuro quando tudo parece ir por água abaixo. E não é de hoje. E este mesmo futuro só faz algum sentido real, se a promessa de vivermos com Ele no céu, não for apenas uma retórica para uma história que precisa de final feliz. "No mundo tereis aflições", sim Senhor, nós não sabíamos o quanto.

Olho o vento frio que entra na janela do meu apartamento após um sábado muito quente. Fico feliz com as incertas da temperatura. Em uma sociedade em busca de exatidões, as imprecisões ainda garantem uma aventura ao lado de Cristo, somente possível a sua ressurreição e poder. Assim como o tempo muda, algumas coisas ficam. Ainda ontem, eram soterradas, dezenas e centenas  e milhares de vida na região Serrana. Tão verdadeira e intensa como o pavor da realidade, tão tremenda e real é a possibilidade efetiva de um dia morarmos ao lado Dele.

Nesta páscoa, eu e meus amigos do JFB, desejamos que você deseje morrer para este mundo. Largar nas mãos dos pessimistas a verdade que eles pregam e é verídico: o mundo está pior. Não temos o que contestar o que o próprio Cristo deixou bem claro. Os poetas, os músicos, os artistas, os cientistas (de todos os ramos) profetizam a profecia daquilo que homens de Deus já alarmaram: Ele está voltando!

Hora do nosso sacrifício em favor do próximo. Olhando a cruz vazia, já sob o perfume do tempo, tendo aniquilado o rei do pecado, julgado faz séculos.

Hoje é dia de morrer com Cristo. Abrir a janela do futuro para o céu que nos espera. Nele a esperança se cumpre, todos os dias, como quem reconhece a voz e o cheiro do noivo, se aproximando no portão. Como quem percebe o perfume do pai, no corredor com seus sussuros mentais. Como quem ouve, sem ouvir, a risada da mãe pelo caminho, com as compras desejadas.

Hoje é dia de olhar para Cristo e agradecer pela inexplicável e imensurável vontade de estarmos ao Seu lado, quando o nosso mundo de 'brincar de igreja' também briga consigo mesmo.

Falo em meu nome. Falo em nome dos que aqui escrevem. Falo dos que amam a Cristo.

Que a Páscoa de Cristo se complete em nós, através de nós, em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo. Amém!

twitter: @dcostajunior