" ... mas o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem." Mateus 15:18

Cuidado, atenção, zêlo, disciplina, cautela. Todos estes termos são poucos se forem levados em consideração em cada pensamento livre que se verbaliza. A palavra dura, insensata, tola e muitas vezes, mascarada de "verdade", pode causar danos quase irreparáveis na vida de alguém.

Se a lembrança tem um primor potencial, ela está relacionada aos traumas que guardamos, sejam elas de pequeno dolo ou mesmo aquelas que adoecem alma, corpo e espírito.

Enquanto algumas pessoas estavam preocupados com as tradições e costumes perceptíveis na sociedade, Jesus se preocupava com as doenças que poderiam ser proporcionadas mediante falas terríveis. Até a morte pode ter causa mediante duras palavras.

Algumas pessoas orgulham-se de sempre serem sinceras. E tal façanha poderia ser medida pela consequência de tal sinceridade. A impulsiva ação de dizer tudo que "passa pela cabeça" sem medir ou escolher palavras gera insatisfações, tristezas, remorsos, arrependimentos e dor.

Jesus dizia o que as pessoas precisavam ouvir e mesmo em verdade, jamais envergonhou qualquer um que estivesse em seu caminho, dolorindo a experiência com o Mestre. Pelo contrário, suas palavras eram sedutoras, no sentido que ia de encontro a todas as necessidades dos que ali estavam para ouvir. E de tão poderosas (as palavras) alcançaram gerações e gerações e nos alcançou atraves do seu plano de redenção.

Quantas bobagens dizemos na hora de nos defender e mal sabemos que a ação do silêncio é bom remédio. Quanta ira provocada, quanta patologia espiritual e psicossomática, formada no interior do coração, se transformou em raiz de amargura!

Que a nossa boca seja sempre um caminho de conforto e não de desconforto, de benção e não de maldição, de ajuda e não de indiferença, de conselho e não de fofocas, de alívio e não de desesperança, de socorro e não de obrigação.

Palavras são marcas que fazemos nos outros e que podem sim ter cicatrizes em nós.