Acho que o que é dito acima, por si só, carrega importantes lições. Não com apontamentos, críticas, assombrosas constatações ou qualquer coisa que lembre nosso jeito cabrito quando deveríamos ser ovelhas.

A fala do Caio me lembra o texto de João capítulo 8 do versículo 1 ao 11, na qual o Mestre, com sua doçura e sabedoria infinda, cala fariseus e escribas que intentavam colocar Jesus contra a lei. E Jesus com a destreza que só o Filho do Homem pode ter, inibe o julgamento desumano sobre a adúltera e coloca um "espelho" na frente de cada acusador quando diz, pacientemente: "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire a pedra contra ela".

Caio Fábio é um homem com a qual tenho profundas identificações filosóficas e comportamentais e, mesmo quando não era "moda", segui seus passos a fim de saber o que sobraria, qual seria o despojo do resto de gente que transformaram-no. Folgo em saber - há tempos - que o Espírito de Deus é proporcionalmente oposto a toda maldade humana e toda a sensação de onipotência que do homem pode se apossar. O Mestre, mediante tantos acusadores está sempre perguntado: "Se acaso existe alguém entre vós que não tem pecado, seja este o privilegiado de atacar a primeira pedra".

Sua história (do Caio) - cate pela internet, pelos livros, revistas, jornais da época - é uma das mais intensas e interessantes histórias de um homem de Deus aqui no Brasil, com ingredientes que forneceriam um excelente filme. No entanto, a despeito da arte que sua vida produziria, lamento que alguns ainda mantenham a postura de escriba/fariseu. Aliás, postura recorrente no meio eclesiástico.

Não tenho motivo algum para pedir em um post de um blogger de um amigo meu que "perdoem o Caio" por um pecado que o próprio Cristo perdoou faz tempo, mas implorar que deixemos o martelo da verdade apenas nos tribunais de filmes americanos e olhemos cada um para nossas próprias vidas. Eu sei, que o jeito BBB de ser, tem nos ensinado a votar e mandar torpedos, condenando ou absolvendo alguma vítima, mas quando se trata de viver para Cristo e em Cristo, a vida é muito mais do que um reality show, é sobretudo, o resultado das nossas escolhas.

Porque Dele e por Ele, são e foram feitas todas as coisas, amemos-o, como a nós mesmos.