"Fazer o que é justo e certo é mais aceitável ao Senhor do que oferecer sacrifícios." - Prov. 21-3
Aceitar Jesus como Salvador de nossas vidas sempre dilata a lente que temos sobre a própria vida. Aquilo que não enxergávamos ou não sentíamos ou não percebíamos, de repente aparece na nossa frente sem qualquer tipo de disfarce. É muito comum no nosso discurso uma espécie de remorso do 'porque não aceitamos Cristo muito antes'. De fato, isso talvez teria evitado alguns sofrimentos, desgastes, marcas que ficam na gente e que poderiam ser tratadas de outra forma.
Contudo, mesmo à disposição do Cristianismo, a nossa conversão não terá qualquer tipo de efeito positivo em Deus se ela não servir para mudar todos os paradigmas que tinhamos a respeito de tudo que sabíamos, tudo que entendíamos como correto. Ou seja, é bom passar uma borracha nos conceitos que aprendemos a entendíamos como corretos e olharmos o outro (e por que não dizer nós mesmos) sob a visão de Cristo.
Vejo que esta geração apreendeu novas categorias de adoração. Criou novas hermenêuticas, abrindo novos leques de entendimento da vida com Jesus. Se sente mais relaxada para professar a fé sem se envergonhar. É mais adaptada aos novos tempos. No entanto, o 'outro', o 'próximo', ainda não é sua prioridade. Há um problema egocêntrico que tomou de assalto vários campos eclesiásticos.
O versículo de Provérbios 21-3 é muito claro, sem haver necessidade de uma interpretação mais profunda. Não adianta não usar de justiça, não adianta não usar de honestidade, não adianta manter a vida tal qual ela estava antes de encontrar Jesus, não adianta sequer, pasmem, manter todas as práticas religiosas (hoje tão cultuadas) adotada por neófitos ou anciãos.
O Senhor está pronto para aceitar a oferta de um cidadão talvez não tão domingueiro como nós, que não seja tão bom no Coral, mas que esteja muito disposto a se relacionar com o mundo de um forma que ele (mundo) não espera. Porque a tendência das coisas ruins é seguir seu rumo e acabar sendo absorvida de forma natural, quando na verdade Deus nos chamou para irmos na contramão do status quo, vivendo uma vida de misericórdia.
Que o Senhor nos livre de nós!
